O Hospital Municipal foi destaque na Prestação de Contas do primeiro trimestre e nossas conclusões são que a população conhece pouco sobre os serviços de saúde, sendo oportuno a criação do Guia Municipal de Serviços Públicos.
Nesta semana, dia 30/04, a
Secretaria Municipal de Casimiro de Abreu apresentou um relatório das atividades
do primeiro trimestre de 2013 em toda Rede, compreendendo os meses de janeiro,
fevereiro e março. Em destaque os
serviços do Hospital Municipal Angela Simões com 22.814 atendimento, tendo 73%
ligado a Clínica Médica, 22,5% a Pediatria e 4,5% a outros. O número de
atendimento apurado aumentou 31% em relação ao mesmo período do ano passado.
Período de janeiro, fevereiro e março
(2012/2013)
|
|||
Tipo
de atendimento
|
Ano
|
Nº
de Atendimento
|
%
|
Clínica
médica
|
2012
|
12258
|
70,6
|
Pediatria
|
4602
|
26,5
|
|
Outros
|
498
|
2,9
|
|
|
Soma
|
17358
|
100%
|
Clínica
médica
|
2013
|
16673
|
73,0
|
Pediatria
|
5131
|
22,5
|
|
Outros
|
970
|
4,5
|
|
|
Soma
|
22774
|
100%
|
Variação
2012 X 2013
|
+ 31%
|
Do atendimento prestado pelo
Hospital, nos chamou atenção o baixo número de internações, ou seja, pouco mais
de 7,5% dos atendimentos geraram internações, considerando que se excluirmos as
internações de obstetrícia e berçário esse número ainda é menor, chegando a
5,6%.
INTERNAÇÕES
NO TRIMESTRE 2013
|
||
Internações
|
Nº
Procedimentos
|
%
|
Clinica Médica
|
688
|
40,1
|
Clinica Cirúrgica
|
304
|
17,7
|
Clinica Obstétrica
|
280
|
16,3
|
Clinica Pediátrica
|
127
|
7,4
|
Berçário
|
168
|
9,8
|
UPG (Unid. Pacientes Graves
|
150
|
8,7
|
1717
|
100,0
|
Dos exames de complementação
diagnóstica, somente o laboratório de análise clinicas do hospital atendeu
5.739 pacientes, gerando 15.641 exames. Já o apoio diagnóstico, por imagem, foi
realizado 827 Ultrassonografia e mais de 3.000 pacientes passaram pelos Raios
X.
Neste cenário ficou claro que a
cultura Casimirense em casos de doença é procurar direto o Hospital Municipal,
o tornando um grande ambulatório municipal. Nota-se que o baixo número de
internações e o significativo número de apoio diagnóstico refletem o costume de
não utilizar os Postos do ESF, hoje num total de 11 distribuído nos bairros,
onde certamente a maioria dos procedimentos e diagnoses, poderia ser feito
nestas Unidades de Saúde, desafogando assim, os procedimentos do nosso
Hospital. Este comportamento é ruim
porque sequela o tratamento devido ao atendimento do hospital não possuir
inventário (prontuário) de acompanhamento diagnóstico, sendo esta uma
característica própria de Unidades Ambulatoriais. O perfil de mão de obra do
hospital adota o regime de plantão de trocas diárias, normalmente com revezamento
de 72 horas ou mais, característica comum em Unidades de pronto-atendimento de
Emergência e Urgência. Já no Ambulatório
o profissional é fixo, sendo passível de acompanhamento e retorno programado. No
contexto geral constatamos na visita que fizemos nesta terça, que a estrutura atual do Hospital é excepcional, tendo instalações,
pessoal e equipamentos suficientes para atendimento de excelência e veem sendo
muito bem conduzido pela atual Direção.
O AMBULATÓRIO DO HOSPITAL
Na mesma estrutura física do
Hospital funciona o Ambulatório Municipal, acesso pela Rua Paulino Quintana
Lira, onde no período foram realizadas 5.287 consultas e ainda possui estrutura
para inúmeros procedimentos e especialidades. Destaques para atendimento especializado em Ginecologia, Gastroenterologista,
Urologista, Cirurgião Geral, Ortopedista, Nutricionista, Dentista, Cirurgião
Pediátrico, Oftalmologista, Obstetra, Cirurgião Plástico, Cardiologista, Angiologista,
Proctologista, Endocrinologista, Otorrinolaringologista, Neurologista,
Reumatologista e Dermatologista. No mesmo ambulatório podem ser realizados
exames de Ultrassonografia, Eletrocardiograma, oftalmológicos, Raios X, exames Otorrinos
e Endoscópios.
DAS CONCLUSÕES:
Casimiro de Abreu e seus 37.000
habitantes, figura um bom exemplo de estrutura de saúde para os seus munícipes,
tendo em média uma Unidade de Saúde de Atenção Básica para cada 3.360
habitantes, somados a outros Centros de Especialidade e serviços concentrados nas
Unidades maiores relacionados à saúde coletiva, etc. Neste cenário, notamos que
embora parcela da população queixe-se dos serviços de saúde, especialmente os
do Hospital, a realidade é bem diferente quando os números vão as claras, pois
a minha experiência de serviço público de saúde Brasil a fora, fala claramente
que os problemas pontuais que possuímos são insignificantes em relação aos
resultados obtidos. Muitos não sabem o que praticam por aí, onde cidades com
gigantescas concentrações populacionais são abandonadas pelo sistema e a
distribuição dos serviços de saúde está muito abaixo da nossa realidade municipal. Outro
fator que leva a população questionar e reclamar do atendimento são as ausências
de Informações quanto ao acesso aos serviços oferecidos, situação muito comum
numa democracia clientelista que os próprios políticos se apropriam dos
caminhos e meios, para funcionarem como despachantes, querendo fazer o cidadão
compreender que sem ele o serviço não seria prestado.
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